Bio na Rua

Confira o primeiro bio na rua de botucatu, ocorrido na primavera de 2006

Bio na Rua parte 1

Bio na Rua parte 2

Bio na Rua parte 3

Bio na Rua parte 4

CFPBio Sul - vagas para o Sudeste



Vai rolar o CFPBio Sul em Londrina (sede do ENEB 2009) e a galera de lá liberou algumas
vagas para o pessoal do sudeste. clique aqui para ser encaminhado para o site do evento!

GTP Agroecologia

A agroecologia e os princípios da ENEBio

Entendendo a agroecologia como um modelo técnico-científico que propõe uma diretriz sustentável, ela não dissocia as problemáticas social, econômica e ambiental.
Reconhecendo o cenário de destruição da biosfera pelo ser humano e o seu papel como agente transformador da mesma, a agroecologia é uma ciência que agrega diversas áreas do conhecimento: agronomia, ecologia, economia, antropologia, etc.
Lutando por uma eqüidade social, a agroecologia vai de encontro ao estilo de desenvolvimento rural (as monoculturas), e contra a adoção de um modelo de modernização dependente de tecnologias externas,
causador da perda da diversidade genética, degradação do solo e desperdício de grandes quantidades de água.
Discordando do sistema capitalista, que se baseia na exploração do ser humano,na privatização e mercantilização dos recursos naturais, pessoas e valores,a agroecologia defende a disseminação e o
desenvolvimento de um conjunto de técnicas,que respeitam os ecossistemas locais, a biodiversidade e acabam reduzindo os impactos ambientais na atividade agrícola, valorizando o homem do campo,sua
família,seu trabalho e sua cultura.
Percebendo a necessidade de mudança nos padrões técnicos da agricultura,o MEBIO em conjunto com outros movimentos populares devem lutar por um novo projeto de sociedade calcada na implementação de
políticas públicas que garantam o acesso e a permanência de grupos sociais historicamente desfavorecidos.
A agroecologia como proposta revolucionária deve se alicerçar na cidadania e em bases democráticas, utilização de metodologias de intervenção e com caráter emancipatório e transformador que leve o
individuo a refletir e a atuar conforme as reais necessidades do seu meio social.
cané - e.v.a /gtp/nta - UFS

Arquivamos algum material que a galera do GTP Agroecologia disponibiulizou para todos lá no ENEB Maranhão. Bom Proveito!

Agroecologia: uma ação transdisciplinar

Agorecologia - Pedrosa, Maria P.

Construção participativa de indicadores de sustentabilidade


A economia solidária diante do modo de produção capitalista

A cooperação coletiva na produção e seus desafios

Ciência e Tecnologia - onde está a mentira?

Colheitas e pragas, a resposta estará nos venenos?

Sistemas Agroflorestais: aspectos ambientais e sócio-econômicos

trofobiosis para agricultores

viabilidade de empresas geridas por trabalhadores


manejo ecológico do solo

agricultura biodinâmica



Se o mundo tivesse 100 pessoas - Pré EREB


"Mas o que ocorre, ainda quando a superação da contradição se faça em termos autênticos, com a instalação de uma nova situação concreta, de uma nova realidade inaugurada pelos oprimidos que se liberta, é que os opressores de ontem não se reconheçam em libertação. Pelo contrário, vão sentir-se como se realmente estivessem sendo oprimidos. É que, para ele, "formados" na experiência de opressores, tudo o que não seja seu direito antigo de oprimir significa opressão a eles. Vão sentir-se, agora, na nova situação, como oprimidos porque, se antes podiam comer, vestir, calçar, educar-se, ouvir Bethoven, enquanto milhões não comiam, não calçavam, não vestiam, não estudavam nem tampouco passeavam, quanto mais ouvir Bethoven, qualquer restrição a tudo isto, em nome do direito de todos, lhes parece uma profunda violência a seu direito de pessoa. Direito de pessoa que na situação anterior, não respeitavam nos milhões de pessoas que sofriam e morriam de fome, de dor, de tristeza, de desesperança.
É que, para eles, pessoa humana são apenas eles. Os outros, estes são 'coisas'. Para eles, há um só direito - o seu direito de viverem em paz, ante o direito de sobreviverem, que talvez nem sequer reconheçam, mas somente admitam aos oprimidos. E isto ainda, porque, afinal, é preciso que os oprimidos existam, para que eles existam e sejam 'generosos'... " Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido

Relatoria CONEBio - Brasilia

Para acessar o resumo do CONEBIO Brasilia clique aqui

Forum ENEBio

o novo forum da ENEBio já está no ar!

http://enebio.livreforum.com/forum.htm

participe!

I EPEB

video de abertura do I EPEB, realizado em Botucatu no outono de 2008
(clique aqui para abrir)

SINAES - ENADE


Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia (TIRADO NO COENBIO)

6 de novembro de 2008

Manifesto sobre o SINAES/ENADE

Integrado ao SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior), o ENADE (Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes) é um dos instrumentos de avaliação do Ensino Superior utilizado pelo governo federal. É uma prova aplicada a uma parcela dos estudantes ingressos e egressos nas universidades públicas e privadas em todo o país.

O que escutamos de boa parte dos nossos professores, coordenadores de curso até mesmo de alguns colegas é da importância de fazer essa prova para “testarmos nossos conhecimentos” ou “sabermos se estamos preparados para o mercado de trabalho”. Mas será que dá para saber de tudo isso só pela nota da prova? Será mesmo que o essencial da nossa formação deve ser preparação para o mercado de trabalho? Já paramos para pensar quem são as pessoas que elaboram a prova e pensam os critérios de avaliação? Avaliar e reconstruir o ensino superior é necessário e urgente. Mas de que avaliação estamos falando?

Antes de analisarmos a eficiência desse sistema, precisamos entender o que, de fato, significa avaliar. O que se tem no senso comum é a avaliação como a aplicação de instrumentos e organização dos conceitos obtidos, ou seja, algo meramente técnico e quantitativo. É preciso deixar claro que a avaliação é um processo. Deve ser a soma de uma série de ações que permita que toda a ação educativa seja estudada, gerando um juízo, uma idéia panorâmica sobre esta. A partir dos dados colhidos e da idéia gerada, devem ser tomadas decisões no sentido de tornar essa ação cada vez mais significativa para toda a comunidade.

Portanto, avaliar é mais que o momento da prova. [Talvez essa seja a parte menos significativa da história toda!]. Concebemos a avaliação como uma questão também política. Os critérios utilizados têm como referencia um padrão que expressa uma visão de mundo, imprimem as relações estabelecidas em nossa estrutura social. Entendemos ainda que, sendo um processo, a avaliação antevê a idéia de controle de qualidade, supõe, na verdade, tanto uma confiabilidade dos dados obtidos (e, conseqüentemente no instrumento utilizado), quanto na análise, interpretação e criação de situações de intervenção como forma de garantir essa qualidade. Portanto, o processo de avaliação é algo importante na elevação da qualidade do trabalho acadêmico (ensino, pesquisa e extensão) e conduz à construção de uma universidade democrática e crítica.

Não é o que observamos estar posto nas propostas oficiais do governo. O que tem sido a marca dessas propostas é a freqüente desconsideração de que: (a) avaliar uma instituição é mais do que à soma de escores individuais de desempenho de professores e estudantes; (b) a avaliação e o que se avalia, portanto sua qualidade, ocorrem em condições concretas e específicas de cada instituição; (c) não existe avaliação que mereça esse nome se não se avaliar as condições efetivas oferecidas à e pela instituição para a produção acadêmica (pesquisa, ensino, extensão); (d) o projeto institucional e a política acadêmica seja referência básica para o estabelecimento de qualquer critério ou processo de avaliação.

Assim, o que fica claro nas propostas oficiais é a concepção de universidade que parte da eficiência e produtividade, obedecendo a uma lógica mercadológica e levando a concentração tanto de formação quanto de produção em poucas instituições – o que o Governo chama de universidades de conhecimento, também conhecidas como centros de excelência.

Analisando os critérios que são utilizados e as características do ENADE fica claro o porquê da inadequação deste instrumento, bem como de todo o SINAES, para avaliar as instituições de ensino superior no país, se o que queremos é uma universidade democrática e de qualidade para todos e todas.

No ENADE só existe um tipo de prova para todo o país, assim, desconsidera as particularidades de cada região, de cada curso. Tenta, dessa forma, criar uma homogeneidade irreal entre as instituições. Outro fator que torna o ENADE ineficiente como instrumento de avaliação transformador é o seu caráter punitivo, ranqueador e obrigatório. As universidades que não tenham um rendimento satisfatório tendem a receber menos verbas e fechar suas portas, quando deveriam receber mais incentivos para que possam melhorar, enquanto que mais bem colocadas recebem premiações. O mesmo ocorre com os estudantes: aos que faltarem ao exame, não há emissão dos diplomas, enquanto que para o mais bem colocado em cada curso há a premiação com bolsas de estudo. Desse modo, fica instituído o valor da competição que em nada contribui para a construção de uma universidade de qualidade. Outra questão é a não diferenciação entre público e privado. Devemos estar comprometidos com a universidade pública e não ficar emitindo conceitos para as universidades particulares, em que, para estas, o conceito que lhes é dado serve apenas como ferramenta de marketing.

Portanto, o ENADE (conseqüentemente o SINAES) ignora a existência de uma universidade comprometida com o ensino, com a pesquisa e com a extensão articulados a realidade de cada instituição, com a comunidade onde cada uma delas está inserida.

A ENEBIO faz um chamado nacional a todos e a todas estudantes de biologia a boicotarem esse modelo! Acreditamos na construção coletiva de um processo avaliativo que utilize instrumentos que sejam de fato legítimos, não punitivos e integrados; que envolva a atuação responsável dos diferentes segmentos institucionais em todas as fases do processo e que esteja em sintonia com a instituição pública e de qualidade que queremos.

ENEBio